sábado, 8 de junho de 2013

2º capitulo Vingard - Helena

Helena era a típica moça da vida, muito sobre ela nem ela mesmo sabia, admirava a musica como se a mesma fizesse parte de sua alma, mesmo com uma profissão que a colocava no mesmo patamar que objeto ainda sim tentava ter um pouco de dignidade em si, muitos dos seus clientes eram escolhidos por ela mesma, que iam desde camponeses a grandes burgueses, helena nem era a mais bela de todas nem mesmo a mais feia apenas tinha seus toques aqui e ali que a tornavam única.
Sua vida era no mínimo calma, até que um dia um marques se encantou por ela, mas ela vendo que os olhos do marques escondiam uma eterna maldade negou-se a se deitar com ele, o marques de Reasco ofereceu uma quantia que só mesmo ele de boa família poderia oferecer por apenas uma noite com helena, essa por sua vez apenas negou delicadamente dizendo.
- Porque queres a mim se não sou um décimo de suas expectativas, guarde este dinheiro e gaste apenas metade e com essa metade poderá dormir com todas as moças dos bordeis daqui ate a próxima cidade, aposto que elas são muito melhores do que eu meu bom senhor, mas agradeço sua generosidade.
O marques ficou realmente enfurecido por não poder tê-la era como se o fato de não tê-la ferisse a honra do mesmo de uma maneira que o torturava por dentro, então num momento de irá o homem mandou que ateassem fogo ao bordel ao qual helena vivia e trabalhava, e assim foi feito e algumas das mulheres morreram, helena conseguiu escapar por pouco mas tudo que tinha conseguido foi consumido pelas chamas, sua única moradia, dinheiro, roupas, toda  sua vida estava devastada.
Os homens ao qual haviam ateado o fogo no bordel ao verem helena mandaram os cumprimentos do marques de Reasco, helena que segurava seu longo vestido todo chamuscado pelas chamas ppercebeu o tamanho da maldade do marques.
Helena por muito tentou denunciá-lo as autoridades mas a voz de uma prostituta era o mesmo que nada na cidade, a pobre helena vagava e com as poucas economias e jóias que haviam se salvado do bordel  as prostitutas que sobraram juntaram tudo como um ato de paz para os espíritos de suas amigas e compraram caixões simples mas era o que dava para comprar com o que tinham, e fizeram um modesto enterro sem ao menos um padre que se negou a fazer o enterro das prostitutas alegando que eram criaturas pecaminosas, as prostitutas olhavam suas amigas sendo cobertas pela terra e desejavam que suas almas chegassem ao céu e que deus perdoa-se a vida e caminho que elas tinham tomado.
helena olhava as suas amigas para um ultimo adeus enquanto sentia um frio por dentro, por mais que fosse suja ou sofrida suas vidas ainda sim elas nunca haviam deixado de ser amigas, e a sensação de perder alguém que era sua única família fazia seu coração partir em pedaços e fazia com que seus olhos negros se enchessem de lagrimas quentes que contrastavam com o frio que sentia por dentro.
“será que isso é uma punição?, será que meu egoísmo fez com que todos fossem punidos, uma ação minha levou-as a este fim tão miserável, me lembro que Anne adorava flores e Cassandra amava banhos perfumados, elas amavam coisas tão simples elas nunca desejaram mais do que mereciam, sempre sonhavam com uma vida tão simples porque puni-las por algo que eu recusei, isso e definitivamente cruel...eu....odeio este maldito marques de Reasco o farei pagar.”
helena empunhando um pequeno punhal que escondia abaixo das anáguas do vestido e decidida voltar de lá com a justiça feita pelas suas próprias mãos foi ate o lugar onde o marques estava, um prédio alto com vários andares. O marque ao ver helena abriu um sorriso de orelha a orelha.

- então resolveu aceitar minha proposta minha cara? Agora você deve estar precisando muito do dinheiro...já que mal tem lugar para dormir.
a mesma fechou a porta atrás de si o levando para o quarto no andar de cima, onde começou a abrir o colarinho do marques e sua blusa o mesmo percebia que havia algo estranho pois helena não esboçava nenhuma expressão ou dizia ao mesmo uma palavras ate sua respiração era baixa, e quando o marques pareceu ter baixado a guarda ela pegou o punhal e tentou furar o peito do mesmo que segurou seu braço e jogou o punhal para longe e depois a violentou de maneira bruta e sem coração e deixou helena na cama e disse.
- não se preocupe pagarei bem por essa noite.
helena furiosa disse.
- não quero seu dinheiro sujo e asqueroso!
o marques  ri e diz em um tom irônico.
- uma puta com orgulho, isso é raro de se ver, mas aprenda puta, seu lugar e numa cama sendo fudida por dinheiro, você não nasceu para ter orgulho, não se preocupe logo logo volto para termos outra noite.
helena se sentiu tão suja tão podre e reunindo forças indo ate a janela disse num tom rancoroso que mais parecia uma maldição sendo rogada ao marques.
- antes de qualquer coisa eu sou uma pessoa mesmo que você não veja isso,  mas é a partir do momento que lixos como você tem tudo enquanto nós não temos nada é que percebo quão injusta é esta vida, e prefiro morrer a me deitar com você novamente.
helena pula da janela caindo por dois andares de cabeça e morrendo na calçada.

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